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Coren-MS apresenta números e a realidade dos profissionais em audiência que cobra o piso em MS


11.07.2023

Audiência realizada na Assembleia Legislativa de MS evidenciou a obrigação do piso ser cumprida

Audiência pública sobre o “Piso Salarial: Fortalecendo a enfermagem, aprimorando a assistência e as condições de trabalho”, que aconteceu na segunda-feira (10/07), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, evidenciou obrigação do piso ser cumprida, conforme a lei (14.434/2022), para promover o reconhecimento profissional.

Ao falar sobre a necessidade de valorização da enfermagem, a conselheira do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS), Enfª Nívea Lorena Torres, discorreu sobre uma realidade de riscos à saúde, baixos salários e alta rotatividade, fatores que motivam o abandono da profissão. Passou a ser comum profissionais terem doenças osteomusculares (lesões nos músculos, articulações, ligamentos, etc.) e psiquiátricas, devido à natureza do trabalho e à jornada exaustiva.

“A pessoa não tem como oferecer aquilo que não sente. Aquilo que não recebe. Porque a mente não processa aquilo que ela não conhece, está comprovada pela inteligência artificial. Então, se uma profissional não se sente cuidada, valorizada e reconhecida, naturalmente age destas formas. Não justifica o erro, mas explica. Antes de sermos profissionais, somos humanos”, destacou.

Conselheira do Coren-MS, Enfª Nívea Lorena Torres, discorreu sobre uma realidade de riscos à saúde, baixos salários e alta rotatividade

A conselheira destacou a importância de cada profissão, porém, fez uma reflexão: o que seria do setor da saúde sem enfermagem?

Nívia justificou que a enfermagem tem o cuidado como ciência. Nos dados apresentados corroborou a força da enfermagem em Mato Grosso do Sul. Atualmente são 30.804 inscrições ativas, 9.419 enfermeiros (as), 18.209 técnico (a) de enfermagem, 3.173 auxiliares de enfermagem, correspondendo 84,10% do gênero feminino, 15,90% do gênero masculino, com média de 40,5 anos. “É uma profissão que não conta com jovens. MS tem a média diferente do restante do país”, observou.

A conselheira diz que a mudança passa pela valorização e reconhecimento da enfermagem. “Quando estamos falando de piso não estamos falando de gastos. Temos que pensar como investimento. Hoje vou investir a mais para o amanhã ter o retorno”, diz.

União entre categorias

A conselheira, Enfª Lucyana Conceição, expressou a importância do Conselho estar unido com sindicatos e demais entidades para cobrar o Piso Salarial. “O profissional valorizado e recebendo salário condizente com certeza minimizará os riscos e danos à população assistida”, defende.

Lucyana citou que muitos dos profissionais trabalham em um turno há mais de 36 horas. “Muitas vezes, o profissional deixa carga horária de 8 horas e entra em escala de plantão. Considerando trabalhar 12 horas e mais os fins de semana, ele fica no turno de mais de 36 horas, isso em locais não apropriados com sala de descanso. Sem dizer a rotina daqueles que possuem outro vínculo empregatício. Nós sabemos que há diversos profissionais que têm dois a três vínculos, fora o trabalho doméstico”, observou.

Conselheira, Enfª Lucyana Conceição, expressou a importância do Conselho estar unido com sindicatos e demais entidades para cobrar o Piso Salarial.

A conselheira comparou a defasagem salarial que ocorreu nos últimos anos. “Quando me formei há 20 anos, o salário do enfermeiro era em média de sete a oito salários-mínimos, hoje, fazendo os cálculos da média de um máximo quatro salários-mínimos. Podemos sentir que o salário da enfermagem estagnou. A nossa classe ficou empobrecida. Não consegue pagar as contas e muito menos lazer”, lamentou.

Lucyana citou que a valorização salarial vai diminuir número de plantões e vínculos. “A enfermagem precisa continuar na luta. Tentar fazer com esta união uma categoria mais fortalecida”, espera. Esteve presente também representando o Coren-MS na audiência, a conselheira, a sra. Técª, Carolina Lopes de Morais.

Audiência pública
O evento contou com a participação de representantes da categoria e do Governo. evento, proposto pela deputada Gleice Jane (PT) debateu a implementação da Lei Federal 14.434/2022, que institui o piso salarial nacional do enfermeiro, técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira.

Além da deputada e dos palestrantes, compuseram a mesa o deputado federal, Geraldo Resende (PSDB), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), enfermeiro Lázaro Santana, o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social no MS (SINTSS-MS), Ricardo Bueno, a Associação Brasileira de Enfermagem (Aben-MS), dra. Arminda Rezende, e o diretor-geral de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, André Vinicius Batista de Assis, representando o Governo.

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