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Custo com obesidade é de R$ 488 milhões


20.03.2013

REDE PÚBLICA Valor também é referente a 26 doenças relacionadas ao excesso de peso O custo com internações e tratamentos relacionados à obesidade na rede pública apenas no ano de 2011 pode ter chegado próximo de R$ 490 milhões mais do que o dobro do investimento previsto pelo governo do Estado em saúde neste ano. Um quarto desse valor está relacionado à obesidade grave.
É o que estima um estudo conduzido pela Universidade de Brasília (UnB) e divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. A estimativa leva em conta tanto o atendimento de problemas diretamente relacionados à obesidade quanto cuidados com 26 doenças relacionadas ao excesso de peso por exemplo, diabetes, hipertensão arterial e diversos tipos de câncer.

Do custo total de R$ 488 milhões estimado para 2011, R$ 166 milhões estão ligados a doenças isquêmicas do coração, R$ 30 milhões ao câncer de mama e R$ 27 milhões ao diabetes.

Por terem maior participação na população brasileira com obesidade grave (1,14% das mulheres contra 0,44% dos homens), as mulheres tiveram maior participação neste custo cerca de R$ 328 milhões.

O ministério estima que cerca de 15% dos brasileiros sejam obesos. Como comparação, esse percentual chega a 20,5% na Argentina, 25,1% no Chile e 27,6% nos Estados Unidos.

No Rio Grande do Sul, a situação também é preocupante. De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2011, Porto Alegre ocupa a segunda posição no ranking de capitais com maior índice da população acima do peso (19,6% dos habitantes está obeso ou com excesso de peso), ficando atrás apenas de Macapá (AP).

Para especialistas, o fato de os gaúchos estarem no topo dessa lista tem origem em diversos fatores. O tipo de alimentação herdada dos colonizadores alemães e italianos (que prioriza comidas gordurosas), os maus-hábitos alimentares, condições climáticas, o sedentarismo e até a predisposição genética são exemplos.

Verificamos que vários pacientes que atendemos têm consumo de energia abaixo do normal. Mas o problema mesmo é alimentação incorreta afirma o diretor do Centro da Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas da PUC, Cláudio Cora Mottin.

Com o aumento de pessoas com peso excessivo, cresce também a procura pela cirurgia bariátrica. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde, no ano passado foram realizados 240 procedimentos 45 a mais do que em 2010. No momento, existem 2,4 mil pessoas aguardando esse tipo de operação. A estimativa é de que tenham sido gastos R$ 32 milhões com cirurgias desse tipo no Brasil em 2011.

A cirurgia bariátrica seria uma solução, mas a primeira opção é o tratamento clínico revela o coordenador do Centro de Tratamento da Obesidade do Hospital Santa Casa, Luiz Alberto De Carli.

Esta é a primeira vez que o levantamento nacional é feito. Isso impede avaliar o crescimento dos gastos com obesidade e doenças relacionadas com períodos anteriores.

Comercialização de bebidas açucaradas deve ser debatida

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem um pacote de medidas para prevenção e oferta de tratamento aos pacientes. Entre elas, aumento de verba para cirurgias, inclusão de novas técnicas para operação e alteração da idade mínima e máxima para cirurgia bariátrica. A partir de agora, não há mais idade máxima para indicação da cirurgia e a idade mínima foi reduzida de 18 para 16, quando há risco para o paciente. As mudanças já haviam sido anunciadas em 2012. Para o ministro, medidas como a proibição da venda de bebidas açucaradas em embalagens grandes, defendida pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, devem ser debatidas.

Eles têm índice de obesidade maior afirmou.

Algo que, avalia, poderia justificar medidas mais restritivas.

Fonte: Zero Hora

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