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Nota sobre declaração do presidente Jair Bolsonaro que desrespeita a Enfermagem

Coren-MS solidariza-se com categoria, tratada com menos valia em uma fala

11.08.2019

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul vem a público solidarizar-se com os profissionais da Enfermagem, tratados com menos valia pelo Excelentíssimo presidente Jair Bolsonaro em entrevista publicada há poucos dias no canal da jornalista Leda Nagle.

Assim como as demais profissões do campo da saúde, a Enfermagem é uma nobre profissão e é reconhecida como tal pela sociedade.

Esclarecemos: por se tratar de uma profissão que detém ciência e metodologia específica, a Enfermagem não pode ser exercida por quem não tenha adquirido o conhecimento e as habilidades necessárias para o cuidado com o ser humano. Conforme o artigo 2º da lei 7498/86, “a Enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício”.

Lembramos que, graças ao cuidado da Enfermagem somado aos dos outros profissionais, a recuperação do ilustre presidente Bolsonaro foi possível durante internação hospitalar recente. Todos os dias há pessoas que se beneficiam do trabalho de enfermeiros, obstetrizes, técnicos e auxiliares de enfermagem. São profissionais tão importantes que, seja na Atenção Primária à Saúde, ambulatórios, hospitais, enfim, onde seja necessário o cuidado à saúde humana, ali está a Enfermagem.

Se houve redução da mortalidade infantil e materna; controle das doenças imunoprevisíveis, redução de partos cesarianos; controle de doenças como a hanseníase e a tuberculose, além de evolução no atendimento pré e intra-hospitalar no Brasil, por exemplo; é porque houve o comprometimento da Enfermagem com a saúde da sociedade.

Tratar a Enfermagem como uma profissão que pode ser exercida por pessoas sem conhecimento específico é, portanto, mais do que um desrespeito. É incentivar o desserviço em Saúde, colocar a vida das pessoas em condições de risco à segurança e abrir brecha para imperícia, imprudência e negligência.

Convocamos o senhor presidente a refletir sobre sua declaração, desculpar-se publicamente e olhar com atenção para as reivindicações da categoria, algumas tramitando no parlamento há mais de 20 anos, como a redução da jornada para 30 horas semanais.

A Enfermagem tem o compromisso e a responsabilidade com a saúde humana e merece respeito, consideração e zelo de toda sociedade – principalmente de seu chefe de Estado.

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