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Coren- MS e Cofen ocuparam lugar de destaque na ALMS em audiência pública sobre a violência contra Enfermagem


26.06.2025

O seminário reuniu gestores, representantes de entidades e membros da sociedade civil para debater propostas concretas que promovam ambientes de trabalho seguros, acolhedores e humanizados. Entre os principais temas abordados estiveram o papel da gestão pública na prevenção da violência, as limitações estruturais dos serviços de saúde mental e os efeitos emocionais da rotina profissional.

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS), Leandro Afonso Rabelo Dias, explicou as medidas que o conselho tem adotado diante das notificações de violência. “Estamos promovendo essa discussão por meio da Assembleia Legislativa com base nos vários relatos de violência contra os profissionais de enfermagem. Esperamos discutir estratégias para melhorar esse processo, tanto no que se refere à segurança dos profissionais nos ambientes de trabalho quanto no desenvolvimento de políticas públicas que beneficiem também a sociedade. Na maioria das vezes, a violência decorre da insatisfação da população, que acaba se manifestando por meio de agressões físicas ou psicológicas. Esse descontentamento acaba recaindo sobre quem está na linha de frente”, salientou.

Ele ainda sugeriu medidas relacionadas às políticas públicas: “Temos, principalmente, a questão do dimensionamento das equipes de enfermagem, geralmente em número insuficiente para atender a uma demanda muito maior, o que gera sobrecarga. Também há carência de medicamentos, exames e médicos nas unidades, o que contribui para o descontentamento da população, e isso está diretamente relacionado à má gestão de políticas públicas”, apontou o presidente do Coren-MS.

O presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Manoel Carlos Neri da Silva, também abordou a violência contra os enfermeiros. “Esse é um problema que afeta os profissionais de enfermagem e outros profissionais da saúde em praticamente todo o Brasil. O que mais chama a atenção do Cofen e dos conselhos regionais é a ausência de políticas públicas eficazes, tanto na área da saúde quanto na segurança pública, especialmente no aspecto preventivo. Temos registros de violência psicológica, verbal e física, inclusive tentativas de assassinato, ocorridas dentro dos locais de trabalho. É urgente que o poder público, de fato, não apenas discuta o problema, mas também implemente políticas públicas para garantir a segurança no ambiente de trabalho e prevenir essas agressões. Afinal, esse cenário compromete a saúde mental e física dos profissionais de enfermagem, que, geralmente, são os primeiros a atender a população. Trata-se de uma categoria composta majoritariamente por mulheres – cerca de 85% – que estão expostas cotidianamente à violência no ambiente profissional”, explicou.

Manoel Carlos também falou sobre a aprovação de um projeto de lei recente no Congresso Nacional. “Esse projeto agrava as penalidades para quem agride profissionais de saúde no ambiente de trabalho. É um passo importante, mas ainda insuficiente”, opinou. Ele defendeu que a população deve cobrar das autoridades públicas por melhorias na qualidade do atendimento. “Essa culpa não pode ser atribuída ao profissional de enfermagem, que faz um grande esforço para atender a todos da melhor forma possível”, concluiu.

Proposto pela deputada estadual Gleice Jane (PT), o evento teve como foco aprofundar o tema e elaborar estratégias para enfrentar e prevenir a violência sofrida por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem no exercício de suas atividades. A iniciativa para a realização do seminário surgiu após solicitação do Conselho Regional de Enfermagem, de sindicatos da saúde e de profissionais da área, que relataram frequentes casos de agressões físicas e verbais, além da sobrecarga de trabalho e do adoecimento emocional, especialmente em unidades de pronto atendimento (UPAs) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPs).

Fonte: Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul

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