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“A mulher nasceu para vencer”, disse a vereadora Cida Amaral

Hoje o Coren-MS inicia um especial em homenagem as mulheres com depoimentos da vereadora

02.03.2018

Foto: assessoria da vereadora

“As mulheres nasceram para vencer e todas são poderosas, mesmo que o homem desse a luz, jamais ele seria capaz de ter um parto normal. A mulher precisa investir em seus sonhos, quanto mais ela estuda mais respeitada ela será”. É com essas palavras, da enfermeira e vereadora de Campo Grande, Cida do Amaral, que o Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) homenageia as mulheres neste mês de março em que se comemora o dia delas.

Vereadora Cida em seu gabinete (Foto: assessoria)

 

Cida entrou na área da saúde depois que substituiu uma funcionária de um hospital, do doutor Ubiratan, na década de 70 em sua cidade, Costa Rica. “Como nunca tive medo de serviço eu fui, para atender, e fiquei atendendo”, relembrou.

A funcionária que ela substitui voltou, porém, a pedido do doutor, Abner Rodrigues, ela continuou no hospital, mas como atendente. “Um dia o doutor Abner sentou comigo, ele chegou com uma seringa e falou que estava gripado. Ele queria que eu aplicasse uma injeção nele, fiquei assustada, mas com sua orientação eu fiz”, disse Cida.

 

Foto: assessoria

Quase bacharelada em direito

O doutor Abner, um dia, chegou do interior de São Paulo, e disse à Cida que o vestibular de Fernandópolis (SP) estava com prazo final para inscrições. Mas aquela garota queria mesmo era fazer o vestibular em Campo Grande, para Direito. Segundo ela, ser advogada seria muito útil para que ela defendesse os atendentes (nem havia a profissão de auxiliar de enfermagem), que ganhavam uma miséria e trabalhavam absurdamente. Na época, ela não concordava com os salários pagos aos médicos.

Abner não se deu por vencido ao saber que aquela moça não queria seguir no ramo da saúde e bateu em sua casa para falar com o seu pai. “O doutor falou com o meu pai [José], ele disse que queria que eu fizesse enfermagem”, contou Cida.

“Como eu era da década de 60 vindo de um patriarcado machista o que eu pensei? Vou prestar esse vestibular não passo e não devo satisfação a ninguém”, acrescentou.

Mas acabou passando no vestibular em 26º lugar e resolveu seguir em frente com a ideia. Mas o curso de Direito não saia de sua cabeça, a jovem estudante de enfermagem pensou em terminar o curso para depois cursar direito, coisa que não aconteceu.

Na Capital

Na década de 80, já em Campo Grande, Cida Amaral, era recém-formada em enfermagem e obstetrícia, pela faculdade de Fernandópolis. Iniciou sua carreira no Hospital Universitário na unidade de pediatria. Nisso, ela conseguiu mais duas jornadas, no HU, no antigo INAMPS e Santa Casa.

Em meados dos anos 90, Cida conheceu José Amaral, seu atual esposo, e em seguida teve duas filhas. Mesmo com a chegada das crianças continuou firme na enfermagem, mas só isso ocorreu com apoio total do marido.

Mulher na enfermagem

Conforme Cida, a mulher é considerada como sexo frágil, mas que faz toda a diferença dentro da profissão da enfermagem. Para ela, enfermeira precisa ter mais sororidade. “Quando eu cuido mais da minha colega eu tenho mais força na profissão”, afirmou.

Cida na Câmara dos Vereadores (Foto: assessoria)

Na política

Hoje, atuando como vereadora, Cida sonha com mais mulheres na política. Nos dias atuais as mulheres estão apenas para preencher cotas. “A cota é de 30%, mas aqui na Câmara, somos em 29 vereadores, apenas duas são mulheres”, lamentou.

“Mas a mulher, para estar mais na política, precisa de um apoio de sua família para conciliar tudo”, aponta.

Entre as conquistas da enfermagem tendo representante na Câmara foi aprovação das 30 horas para os profissionais da rede municipal. Uma luta que se perpetuava há 20 anos. Ao lado do enfermeiro Fritz, Cida garantiu reajuste salarial e nova carga horária. “A luta na profissão não pode parar temos que conseguir às 30 horas aos profissionais do Estado. Para isso é necessário representação na Assembleia e em seguida lutar por cadeiras na Câmara Federal. Se cada Estado conseguisse eleger um deputado enfermeiro teríamos 27 representantes. E com certeza teríamos mais força para lutar pelas 30 horas a nível nacional atendendo toda a classe”, afirmou.

Violência contra a mulher

Contra a violência na mulher, a vereadora vai apresentar um projeto de lei, se for aprovado, busca oferecer tratamento também aos agressores pelo motivo que muitas das vítimas acabam perdoando por depender financeiramente do homem. “As mulheres nasceram para vencer e todas são poderosas, mesmo que o homem desse a luz, jamais ele seria capaz de ter um parto normal. A mulher precisa investir em seus sonhos, quanto mais ela estuda mais respeitada ela será”, afirmou a vereadora Cida.

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