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Coren-MS denuncia superlotação e acompanha vistoria no Hospital Regional de MS

Outro problema detectado é o déficit de profissionais da Enfermagem

04.07.2019

Sala Vermelha do setor de Pronto Atendimento estava superlotada durante a vistoria – Foto: Coren-MS

Internação de mais do que o dobro do limite de pacientes na Sala Vermelha, macas “grudadas” uma a outra, improviso para retirar diurese, ventilação manual substituindo a mecânica e poucos profissionais da Enfermagem se desdobrando para prestarem assistência para muita gente. Essas situações estão ocorrendo reiteradamente no setor de Pronto Atendimento do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, a maior unidade de saúde do Estado.

Depois de receber denúncias a respeito da superlotação e encaminhá-las ao Ministério Público Estadual (MPMS), o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MS) acompanhou in loco vistoria feita pela titular da 32ª Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual (MPMS), Drª. Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, no dia 15 de junho.

Participaram da ação o presidente da autarquia, Dr. Sebastião Henrique Junior Duarte, e a conselheira Srª. Gismaire Aparecida Costa Vacchiano. Junto à promotora, eles ouviram o que disseram funcionários e a Administração do Hospital Regional sobre os fatores que estão provocando o problema.

O presidente do Coren-MS destacou que é necessária uma reestruturação da saúde da Capital e do Interior do Estado para que a situação seja minimizada, e cobrou a contratação de mais 300 profissionais da Enfermagem pelo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul para atender ao dimensionamento previsto na Resolução Cofen nº 543/2017. Alertou, ainda, que é urgente a realização de concurso público pela Secretaria de Administração do Estado (SAD) para cobrir a saída de 231 técnicos de enfermagem da unidade, cujos contratos de trabalho se encerrarão em outubro deste ano e não poderão ser renovados. Com isso, o déficit ficará em mais de 500 profissionais da Enfermagem somente naquela unidade hospitalar.

“A escassez de profissionais da Enfermagem compromete ainda mais toda a política de segurança do paciente. Provavelmente tem pessoas que não vão conseguir tomar banho ou, se dependem de auxílio para alimentação, não terão porque o profissional estará socorrendo o outro paciente que precisa de um medicamento”, explicou o Dr. Sebastião.

A promotora considera que a regulação da Santa Casa de Campo Grande e do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP) é um dos fatores que contribuem para a sobrecarga vista no Hospital Regional. “Sabendo disso, viemos ver a situação e colher de técnicos, das pessoas que estão na linha de frente, sugestões para que a gente possa minimizar a situação de superlotação, que está acontecendo de forma muito reiterada. Isso prejudica o atendimento ao paciente, prejudica a própria resolutividade do Hospital Regional”, disse. Por meio da 32ª Promotoria, ela emitiu recomendações ao Estado de Mato Grosso do Sul, ao Município de Campo Grande e ao Hospital Regional visando à implantação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a fiscalização do cumprimento das normas pertinentes ao Plantão de Sobreaviso dos Médicos especialistas. Ao Coren-MS e à Administração do Hospital Regional, ela afirmou que irá acompanhar a questão do déficit de profissionais e que o MPMS será parceiro para buscar a resolução dos problemas.

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