Coren-MS fiscaliza HU Dourados após denúncias de superlotação em unidade neonatal

Conselho confirmou denúncias e fará relatório para entregar ao Hospital

29.11.2019

Capacidade é de 15 leitos, mas espaço comporta 21 atualmente – Foto: Coren-MS

Mães têm contato com bebês em cadeiras improvisadas – Foto: Coren/MS

Nesta quinta-feira (28), o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS) recebeu denúncias sobre a superlotação de pacientes na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal (UCIN) do Hospital Universitário de Dourados e já na tarde desta sexta-feira (29) realizou fiscalização para averiguar os fatos.

O conselheiro Cleberson e a enfermeira fiscal Andrieli verificaram denúncias in loco – Foto: Coren-MS

Equipe do Coren-MS formada pelo conselheiro Sr. Cleberson dos Santos Paião e a enfermeira fiscal Dra. Andrieli Aguiar Nunes esteve no HU e constatou a superlotação de pacientes; estrutura física inadequada para suportar leitos extras; subdimensionamento da Enfermagem naquele setor; além da presença de pacientes com quadro de saúde mais complexo do que o permitido.

Os fatos apurados serão descritos em relatório de fiscalização. O documento vai ser encaminhado à direção do HU e a outros órgãos competentes para providências.

Poltronas que estavam ao lado de leitos foram retiradas – Foto: Coren-MS

Superlotação e subdimensionamento – A enfermeira fiscal explica que a UCIN tem capacidade máxima de 15 leitos, entretanto havia 21, e todos ocupados. “Inclusive, faltava espaço entre eles. A distância normatizada não está sendo respeitada”, comenta. “Vimos que as poltronas reservadas às mães para o momento da amamentação foram retiradas do setor e substituídas por cadeiras. A falta de espaço dificulta, portanto, a amamentação e o contato das mães com os bebês, além de potencializar as chances de infecção hospitalar e dificultar o trabalho do profissional da Enfermagem”, complementa o conselheiro.

Em conversa com a equipe de enfermagem e análise das taxas de ocupação do setor, foi verificado que o número de profissionais da área é insuficiente para atender os 21 leitos dispostos. “A equipe está reduzida e existe um subdimensionamento da Enfermagem, que sobrecarrega a todos”, afirma a Dra. Andrieli Nunes.

Cuidados intensivos – Outra questão constatada na ação foi a presença de duas crianças com quadros de saúde que requerem cuidados intensivos e semi-intensivos, e não deveriam estar na UCIN.

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