Enfermagem é responsável por 20% dos atendimentos em unidade da saúde familiar

A dona de casa, Mariana da Silva Cabral, acha importante o papel da enfermagem no atendimento à população

01.10.2018

Equipe de enfermagem da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do Bairro Nova Lima – região norte de Campo Grande, é responsável por 20% dos atendimentos realizados na unidade. De acordo com o enfermeiro, Dr. Bruno Augusto Gonçalves dos Reis, chefe de umas das equipes do posto de atendimento, o local atende uma média de 290 pessoas por dia.

O enfermeiro Bruno explica que dos 290 pacientes que passam pela unidade 120 são atendidas pelo médico, sendo 20 somente pela enfermagem, e 150 passam pelo atendimento de escuta junto com o médico, profissionais de farmácia, odontólogos e enfermeiros (a). “Ao passar pela escuta o paciente relata sua queixa, ele é classificado no sistema que chamamos de e-SUS. Nesse sistema decidimos para qual profissional o indivíduo será direcionado”, afirma.

“Através dessa distribuição de fluxo conseguimos melhorar a qualidade do acesso ao paciente nos atendimentos. Dessa forma as pessoas chegam em nossa unidade e sabem que serão atendidos independentemente de qual região ela for”, acrescentou.

Existem os pacientes que não precisam, necessariamente, passar pelo médico, como os de mais rotina. A exemplo disso podem ser apontados os pacientes de primeira consulta, pré-natal, troca de receita (Hipertensão, diabetes) e pessoas com quadro de tuberculose.

“As crianças com diarreia, por exemplo, também não precisam ser atendidas somente pelo médico. Temos um protocolo do Ministério da Saúde, fazemos o primeiro atendimento e passamos o soro de hidratação oral”, explicou Augusto.

“Depois disso aguardamos o período para ver se ela [criança] vai sair do quadro ruim. Explicamos quais são os sinais de alerta à mãe, pois caso haja a reincidência do problema a mesma dever voltar volte à unidade e assim passar pelo médico”, complementou.

O enfermeiro responsável por uma das equipes da UBSF do Nova Lima diz ainda que, todo paciente atendido e não tem o problema resolvido obrigatoriamente tem que passar pelo médico naquele período. Mas ele completa dizendo que a maioria das situações são resolvidas pela equipe de enfermagem.

Receio

Mas Bruno Augusto Gonçalves ressaltou que muitas pessoas ainda têm um certo receio de ser atendido somente pela enfermagem. “A população, em relação ao nosso trabalho, não sabe quais são os serviços que prestamos. Muitos querem o médico, mesmo sabendo que podemos atender”, indagou.

“Mas com esse método que temos aqui na Unidade Básica de Saúde da Família, muitos já estão mudando sua cultura”, acrescentou.

A unidade segue o método de classificação do caderno 28 de Acolhimento à Demanda Espontânea de Atenção Básica do Ministério da Saúde.

Enfermagem nas casas

O trabalho da enfermagem não se restringe somente nas dependências da unidade, mas existe também as equipes que realizam atendimentos nas residências daqueles que estão acamados. Os pacientes nessa situação recebem a visita para que seja verificado qual o tipo de atendimento que o paciente necessita e os insumos básicos que ele precisa.

“Na primeira visita que se estabelecem quais são os cuidados mínimos, dependendo da situação nossa passada acontece a cada 15 dias ou até mesmo semanal. Caso o paciente precise de um atendimento mais qualificado nós o trazemos para dentro da unidade”, disse.

“Como é o caso de curativo que devem ser feito na unidade, mas se o mesmo for feito na residência (por qualquer motivo) encaminhamos um técnico de enfermagem para fazer o procedimento”, completou.

A equipe realiza outros trabalhos como coleta de sangue e urina nas residências para realização de exames dos que estão acamados e não conseguem andar o que dificulta o deslocamento até a unidade.

Equipe absorve 20% da demanda

Na unidade “há profissionais de enfermagem que chegam a atender quatro pré-natais em um dia, solicita de cinco a seis exames, quatro a seis trocas de receitas. Então toda a equipe absorve em média 20% da demanda”, apontou o enfermeiro Gonçalves dos Reis.

Satisfação

A dona de casa, Mariana da Silva Cabral, moradora do Nova Lima, que levou o seu filho, Yago de dois anos, para ser atendido na unidade de saúde, acha importante o papel da enfermagem no atendimento à população.

“Eu cheguei esperei um pouco na recepção e logo me chamaram, não demoraram muito para nos atender. Acho muito eficiente esse tipo de atendimento que o pessoal da enfermagem faz, não precisamos esperar somente pelo médico.”, afirmou.

A UBSF Nova Lima conta com três enfermeiros e seis técnicos de enfermagem que atua no atendimento. A unidade funciona de segunda a sexta das 7h às 19h, um horário diferenciado para ajudar aos que não dispõem de muito tempo para tratar da saúde.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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