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Para enfermeira do CAPS o tema sobre “suicídio” deve ser discutido por todos

De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, foi registrado nos últimos seis anos 4.892 casos de suicídio

18.09.2018

A enfermeira, Dra. Natália de Freitas, que atua no CAPS II (Centro de Apoio Psicossocial) da vila Margarida – região norte de Campo Grande, enfatiza o suicídio como um tema que deve ser discutido não só em unidades de saúde, mas também entre os familiares, nas escolas, ou seja, abrir uma discussão mais ampla sobre o assunto que envolva toda a sociedade. Conforme a profissional, a prática do suicídio acontece com mais incidência entre os jovens.

De acordo com os números divulgados pela Prefeitura de Campo Grande no ano passado, foi registrado nos últimos seis anos uma média de 65 tentativas de suicídio por mês, o que equivale a 4.892 casos, segundo levantamento do Núcleo de Prevenção às Violências e Acidentes e Promoção à Saúde (NPV).

Com dez leitos o Centro de Apoio Psicossocial atende pessoas com vários tipos de transtornos mentais como esquizofrenia, bipolaridade e aos que tentam o suicídio. O centro conta com uma equipe multidisciplinar formada por 24 profissionais que envolvem médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos de enfermagem. No geral, entre os pacientes que ficam internados ou os que buscam o atendimento ambulatorial mais a demanda espontânea, passa pelo CAPS uma média de três mil pessoas a cada mês.

De acordo com a Dra. Natália, o CAPS ainda não fez um levantamento, mas foi percebido que a prática ou a tentativa do suicídio tem aumentado entre os mais jovens. “Acredito que isso tem acontecido entre os adolescentes devido aos exageros nas emoções, eles têm sentimentos instáveis o que chamamos de transtorno de personalidade”, explicou.

Natália explica que a equipe de enfermagem ajuda no atendimento às pessoas na parte do acolhimento e visitas às UBS (Unidades Básicas de Saúde) para buscar novos casos de pessoas com transtornos mentais. “No acolhimento a gente atende pessoas que estão frágeis, nós, da equipe, discutimos como podemos atende e tratar cada caso”, afirmou.

“As motivações dos que tentam tirar a própria vida são das mais variadas razões, onde muitos não aceitam certo tipos de situações que estão enfrentando ou até mesmo problemas em seus relacionamentos amorosos”, acrescentou.

A enfermeira do CAPS revelou que na tarde desta terça-feira (18) uma paciente, de 30 anos, deu entrada no Centro após tentativa de suicídio. Segundo Natália, a mesma já é reincidente e não aceita o fim do seu relacionamento.

Discussão

A Dra. Natália acredita que a discussão sobre o suicídio deve ser discutida por toda a sociedade. “Hoje em dia as pessoas banalizam a vida, devemos fomentar mais o tema entre os jovens. Temos que conversar mais sobre esse problema seja, nas escolas ou entre os familiares, temos que promover debates para esclarecer os fatos e divulgar prevenções”, sugeriu.

“Os pais, principalmente eles, devem ficar atentos aos seus filhos, dar uma atenção a mais. Muitos deixam as questões familiares de lado, por diversas situações, e acabam por não conversarem dentro de casa”, acrescentou.

“Setembro Amarelo”

O “Setembro Amarelo” é o mês que se tornou um período para a conscientização sobre o tema suicídio. Com isso a Prefeitura da Capital, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) e da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb) promoverá na quarta-feira (19) o projeto Culturalmente: plantando vida. O evento acontece a partir das 9 horas, na Praça da Vila Margarida, localizada na Rua Naviraí esquina com Rua General Genebra).

A ação será realizada em virtude dos temas pertinentes do mês de setembro: prevenção ao suicídio e conscientização ambiental. Na programação do projeto estão incluídas apresentação do coral do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), declamação de poesias, quinteto de jazz, contação de história, além da distribuição e plantio de mudas. A parte artística das ações são oriundas do projeto Culturalmente, que leva a Cultura em formato de terapia Cultura para pacientes dos CAPS. (Com assessoria da Sesau)

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