Profissional da Enfermagem está propenso a sofrer da Síndrome de Burnout 

De acordo com pesquisa, esse mal já atinge cerca de 30% dos brasileiros e 4% da população mundial

02.05.2017

Síndrome já atinge 30% dos brasileiros; Enfermagem está propensa ao mal

Para quem é profissional da Enfermagem, sabe que sua rotina é de muito trabalho, cobranças e preocupações. O que muitos não se atentam é que essa combinação pode resultar um mal, intitulado de Síndrome de Burnout.

Essa síndrome é um distúrbio psíquico que tem sua principal característica o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho, sejam elas físicas, emocionais e psicológicas.

A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Esse mal já atinge cerca de 30% dos brasileiros e 4% da população mundial, de acordo com a International Stress Management Association (ISMA).

“Começa sem muitos sintomas, como a falta de energia pra trabalhar, irritação, atitudes negativas, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima”, relata o médico psiquiatra Dr Rodrigo Oliveira Silva.

De acordo com o especialista, dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.

“Os sintomas são silenciosos e o paciente não os percebe, portanto é de extrema importância que os colegas de trabalho e familiares ajudem com a conversa e recomendação de procurar um especialista”, comenta Dr Oliveira.

De acordo com o especialista, as principais barreiras para o paciente procurar ajuda é a vergonha e o preconceito por estar relacionado a um problema psiquiátrico.

“Tenho muitos pacientes da área da Enfermagem, alguns que chegaram a ser agredidos em seu ambiente de trabalho. Essa síndrome pode acarretar com outros problemas, como até uma crise de pânico, a pessoa acaba não conseguindo retornar ao local de trabalho devido o trauma”, descreve o especialista.

Tratamento – O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.

“Recomendamos o descanso, até férias, não usar falta de tempo como desculpa para não fazer exercícios físicos e lazer”, recomenda Dr Rodrigo.

O tratamento da Síndrome de Burnout pode durar de seis meses a um ano.

Compartilhe

Outros Artigos

Receba nossas novidades! Cadastre-se.


Fale Conosco

 

Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul

Av. Monte Castelo, 269 - Monte Castelo, Campo Grande - MS, 79010-400

(67) 3323-3104 ou 3323-3105

presidencia@corenms.gov.br


Horário de atendimento ao público

segunda à sexta-feira das 8h às 17:00 (Exceto feriados)

Loading...