“Ser uma profissional da enfermagem é muito gratificante”, diz Patrícia

O Coren-MS continua o especial em homenagem as mulheres, dessa vez com a história da Patricia

23.03.2018

Arquivo pessoal

Na ânsia em ajudar ao próximo a técnica em enfermagem, Patrícia Damaceno de Souza, 37 anos, escolheu, há nove anos, atuar na saúde. Para a profissional, trabalhar na área da enfermagem é muito gratificante, porém é um desafio constante, pois muitas pessoas não respeitam os profissionais como deveriam.

“Ser uma profissional da enfermagem é muito gratificante, mas é um desafio, hoje em dia não temos o respeito merecido. Podemos perceber os desrespeitos através da mídia que registra quase que diariamente, pessoas que agridem os profissionais, seja de forma verbal ou física”, desabafou Patrícia.

“Por outro lado é muito gratificante ver um paciente que entrou com dor na unidade de saúde, receber alta e sair feliz”, acrescentou.

Patricia e seu filho de 12 anos, João Victor

Patrícia começou sua experiência profissional na Santa Casa de Campo Grande, também trabalhou na enfermaria da JBS da Capital, atualmente é servidora pública pelo município. A técnica em enfermagem lembra que na Santa Casa foi um período muito difícil, pois no hospital faltava profissionais. “Lá [na Santa Casa] o profissional tem que assumir vários setores e pacientes, o que gera uma sobrecarga. Dessa forma não temos como prestar assistência de enfermagem com excelência”, afirmou.

Violência contra mulher “Basta”

Patrícia revelou que atende toda semana mulheres vítimas de violência doméstica, para ela esse assunto é muito delicado, mas está na hora de dar um basta nesse tipo de violência.

“Um assunto muito triste, recebo praticamente toda semana mulheres que sofrem agressões físicas de esposos e namorados. Há uma necessidade de dizer basta, infelizmente várias mulheres perderam a vida no intenso sentimento chamado ‘paixão’ que é uma obsessão, onde a própria vida que paga o preço”, disse.

No mercado de trabalho Patrícia apontou que as mulheres não são mais o “sexo frágil” , a classe está ocupando cada vez mais o seu espaço. Ela ressalta que antigamente não era possível que tantas mulheres ocupassem as vagas nas empresas, pois antes havia muito preconceito.

“Trabalhamos oito horas por dia, cuidamos da casa, dos filhos, alimentação, saúde, tarefas escolares, nos estudos, as mulheres que são casadas, tem a questão do esposo, algumas já são avós, observamos então o quanto a mulher não é e nem nunca foi um sexo frágil”, afirmou.

Nunca desistir

Arquivo pessoal

A técnica em enfermagem iniciou seus estudos em 2002, na época ela estava desempregada, houve dias que lhe faltava o passe de ônibus para ir ao curso. Mesmo com tantas dificuldades ela não desistiu.

“Fiquei firme, muitas pessoas me ajudaram, como a minha mãe [Wanda Damaceno] que sempre me deu apoio. Então, eu digo às mulheres que elas não devem desistir dos seus sonhos, sempre ir atrás dos seus objetivos”, finalizou.

 

 

 

 

 

 

 

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